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Uma Doce Decadência, regada à Vinho Tinto e Misantropia...

Eu - Florbela Espanca

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida! ...

Sou aquela que passa e ninguém vê ...
Sou a que chamam triste sem o ser ...
Sou a que chora sem saber porquê ...


Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

4 comentários:

  1. Uma rosa breve
    Uma hortênsia de alva cor
    A terra molhada pelo sereno
    Nos celeste paira um Açor

    A madeira verde, a dança do fogo
    O embalo do loureiro no vento, o alecrim
    Um ribeiro de inquietas águas
    Levam o perfume das mágoas em viagem sem fim


    Convido-te a sentir a minha paleta de aromas


    Mágico beijo

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Tudo q florbela escrevia era pura perfeição... Ea escrevia sobre ela e não tinha nenhum medo de expor sua vida, q nada fácil foi!
    Esse poema que vc postou é um dos q eu mais gosto!

    Um beijo querida!

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